quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sinestesia Imaginária

Pensei ter sentido seu gosto em minha comida
Mas era apenas a lembrança de você
Invadindo meu dia-a-dia sem eu perceber
Sonhei com seu toque, senti seu cheiro pelo telefone
E percebi que nem sempre o hipotético é verdade
Esperei no topo de uma montanha pela sua vinda
Com asas plumadas chegou até mim
E eu sem reação apenas lhe estendi minha mão
Com um toque para levá-lo a eternidade
Pretendo te mostrar as cores imediatas vistas numa musica
Vou ouvir ao seu lado os sons emitidos por sentidos
E o sentimentos dançarão em torno de nosso leito
Sim, um ritual à ancestralidade das sensações
Um culto ao que se deveria ser prezado pelo homem
Um rejubilo pelo encontro
Encontro imaginário, pois minha voz ainda não alcança sua frequência
Mas meu toque pode pegá-lo
E em meus braços tranformarei tudo que foi pensado
Numa realidade bem insana
Verás então que é na loucura que estamos lúcidos
Vivenciando coisas que inexistem
E vendo que as cores do nosso mundo
Estavam desfocadas até então
Cegos pela nossa realidade concreta.





Depois que vivenciar meus contornos
Poderei cantar junto de ti
E meus poemas não mais serão meus
Largarei a toda e qualquer tensão
E poderei finalmente me dizer livre
Pois assim como a realidade nos cega com seu concreto
A temida solidão nos prende em correntes
Que só podem ser quebradas por outro.

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