quarta-feira, 25 de maio de 2016

Morada Efêmera ou Me dá a mão?

Vou assim de peito aberto
Enfrento o vento
Corro na chuva
Ando descalço
Mas não, não há paradas
Se eu paro foi porque te vi
O teu rosto fica gravado
Tua voz ecoa em meus tímpanos
E teu cheiro toma conta do meu ser
Parando assim todo o tempo
E porque então

Fica ai me olhando com carinho
Sem me dar a mão para que eu desacelere
Basta querer e eu fico
Se me disser que é
Preciso ouvir o que quer
Assim não há frio
Machucado meu coração exposto não ficará
Mas se eu continuar

Preciso de ter um corredor por vir
Pra me alcançar, acompanhar
E nele portas para o futuro.

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