sábado, 24 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
In the blue machine
Estava tentando lhe dizer
O motivo de eu ter saido correndo
Mas o maldito barulho vindo do céu azul
Caindo em meu rosto, destruindo minhas convicções
Manchando tudo com meu profano sangue
Nem vermelho nem liquido
Fez com que eu ficasse mais uma vez
É consentido e sem sentido essa loucura
É insanamente descuidada e lentamente procurada
Essa intensa voz que me faz querer correr
Na direção oposta onde me encontro
Eu quero retornar ao meu lar
Por isso não mais quero tentar
Apenas me diga, o que devo ouvir
De volta ao azul celeste
De volta ao trator que move minha existência
Apenas quero voltar a ser o que era
E novamente estar ali passando
Pelo meu estranho processo criativo
Minha estagnação onde sempre sou feito do mesmo jeito
E sempre saberei
Que retonarei à terra pelo mesmo meio
Mas será que volto ao mesmo ponto
Será que volto a ser seu mar?
Tempo Chuvoso
estou estranhamente sensível esses dias
estou extremamente sensibilizado
não sei o que se passa
mas pode ser que a chuva tenha me deixado com essa sensação
de que o mundo irá escorrer pelas minhas mãos
e que existe ali um ralo para onde tudo vai
como se meu mundo fosse parar no esgoto
onde nada mais poderei fazer
quase estou sentindo a aura do universo
não sei exatamente dizer...
parece que tudo a minha volta me afeta
parece que os ventos querem me ferir
Queria apenas poder ser a chuva
sem rumo, sem direção, sem intenção
ser um som sereno e uma bênção
Ser a catástrofe
ser o motivo de seu sorriso
ser sua lápide
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Trasntornos temporais irremediáveis
Eu trabalho com o tempo linear
Pois só assim um momento consigo conquistar
Linearidade que nada mais é
Que minha pena riscando incisivamente essa maré
Um raio perfurando o espaço e o horizonte
Embasando então sem mais nem menos esse instante
Congelo o mar enfuriecido e consigo
Conquisto
Consisto
Veracidade que nunca será negada
E toco então o espaço negativo
Pois procurarei sempre nele a outra metade
Talvez você sendo um positivo.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Abandono
Ah! Parece entender
É a existência de uma negação
Que nega a própria negativação do espaço
Quero sim é você ao meu lado
Então não precisa ir
E nem mesmo ficar, apenas me olhe
Aperte minha mão através do mundo
E esteja comigo no infinito.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Tiragem
Por que parece então
Como num jornal feito em vão
Que eu não irei mais ser
Nem seu nem de ninguém
Pra ser folheado sempre
Por muitos leitores
Sem que pertença a qualquer deles?
Folhas soltas num universo imerso
Nesse fim sem palavras legíveis
Pertencentes ao vão
Que não podem ser um vagão e
Me levar pra algum lugar?