Dado um instante, eu sonho.
Nem dado um dado pode ser
Ou seria dado aquele que já é de outro
Talvez um dia a escuridão se borre
E com claras manchas apagadas por borracha
Se esfole em falta de sombra
Dados sem números, dados vazios
Dados não rolados, não salvos
Achei que pudesse ignorar o vazio
Mas no fim ele se resume a isso
Um dado incompleto
Sem numeros, cego
Que rola eternamente
Circulando pelo armazenamento
Fugindo do medo
Medo
Sozinho
Sem medo não vivemos, sem medo não construimos
Acho que nesse exato instante
Apenas nada preenche meu dado vazio.
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