sexta-feira, 27 de março de 2009

Minúncia sintética

Um pedaço de algum sentimento
Parado no meio de meu esôfago
Prostrado no meio da rua
Coloco para fora todas as suas ternuras
Pois você me deu de comer
Esse descaso indigesto
E no meu estômago ele não chega
É rejeitado pelo instinto, animal, preservativo

Jogado em largos pedaços
Tratado como areia no mar
Mexido pelas crianças que passam
Todo mundo pisa onde isso cai
Todo mundo cospe nos sentimentos espalhados
Todos, todos, tudo
Nada faz sentido quando não é fisico
Fisico não é válido para se ter sentimentos
Sentimentos podem parecer inexistentes
Ou podem desaparecer sem existir
Existência efêmera por uma noite
Que não vale menos que a falta

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quinta-feira, 26 de março de 2009

Remunerado

É,
Sentido não se tem
Busca não se vê
Nada vai além
Do que se pode comprar
É,
Pago pelo bom
Nego o que me é dado
Não posso aceitar
Nada, que é doado
É,
Parece brincadeira
Parece loucura
Padecer em vontade
Por não poder

viver essa tua realidade.

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segunda-feira, 23 de março de 2009

Corrente

Se ao criar
Penso em tecer
Tecido então está
Por ai, em algum lugar
Parte de minha pele
Junta de outra verdade
Ou de alguma necessidade
Lavrada pelo pesar do passado
Acariciada pelo pensar no futuro
E perdida.
Há um elo inesgotável de possibilidades
Há uma noção imensa de possibilidade
Será mesmo que existe possibilidade?

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quarta-feira, 18 de março de 2009

Desprovido do Senso

Acerca de todos os passos dados
Posso lhe garantir que há
Uma gama de sentidos
sentidos sentimentos
sentimentos direcionados
direções intencionais
intenções desmedidas
E assim desbravando essa estranha luminosidade
Luz que me leva ao mundo dos homens
Vejo que há turbulência
Intenso foi o que me trouxe a chuva
E que chuva intensa me faz parar?

onde está agora o meu paraiso
será medido linearmente numa constante convencionada
ou liberto das coisas que nos prendem
limite-se
limite-me
limite
daqui pra cá
só há o que pensar
essa divisão sórdida
essa mácula
esse pensamento
quero levar
quero voar
novamente posso
chamar de consistente meu passo
compasso
sempre direcionando onde eu passo
e me fazendo desenhar novas coisas
até que meu grafite acabe
e você me renove
me revele
me fotografe.

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