sábado, 19 de dezembro de 2009

Seguindo o vento

Sinto um chamado de outra dimensão
Mas ainda não sei como quebrar a barreira
Acabei por achar que ia pensar em algo
E agora descobri que é apenas dar um passo
E essa é a direção
Não mesmo uma contramão
Mas mesmo em seu coração
Eu queria apenas seguir sempre o caminho
Mas não sozinho, passo e te levo
Passo e te pego
Passo e te deixo, que te deixar apaixonado
Tudo isso apenas para pode habitar de vez
A dimensão onde sua vida está
Somente para assim
Ter na minha vida seu mundo
Pretenciosamente querendo apenas
Ser o som que o habita.

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Onde é mais




Estive procurando por muito tempo, um lugar mais alto que o mundo.
Estive por muito tempo procurando, um lugar mais alto que tudo.
Estive mais que tudo muito tempo por todo alto um lugar.
Pensei ter procurado por todos os cantos.
Por todos os cantos errados procurei.
Não irei mais procurar.
Não sei definir mais meu pensamento, ele vaga por uma linha que o tempo não define.
Gostaria de poder lhe dizer claramente minha intenção.
Acho eu que esse monólogo seria ridículo se o estivesse recitando, ou escrevendo na internet, mas são apenas palavras jogadas num diário.
Já sei amanhã eu vou sair, e vou entregar aquela rosa vermelha a ela, sim é isso que farei.
Humm...e se ela me rejeitar? Volto pra casa e choro? Volto pra casa? Choro?
É nessa inconstância de pensamentos perdidos que me jogo toda vez que tenho que fazer algo que possa me marcar. Mas tenho certeza que farei, amanhã darei a ela a minha rosa, darei a ela meu amor.
Amor, será que é possível amar assim sem ao menos conhecer?
É estranho, mas sinto que a amo, e apenas a conheço por ser de minha sala. Estranho demais.
Eu queria realmente achar, algo que só eu pudesse a ela dar, queria mesmo.
Pode parecer insegurança, mas apenas quero dar o meu melhor.
A melhor fatia que poderia tirar de mim, quero entregar a quem detêm meu amor, seria pretensão eu querer isso apenas não ser rejeitado?
Bem eu vou dormir, amanhã vou acordar cedo, me arrumar pra aula, e entregar a ela minha vida.

Na manhã seguinte, após o termino da aula, lá estava a bela dama, o jovem inseguro se aproxima, lhe entrega a rosa, e a moça espantada pela situação lhe sorri. Não um sorriso de deboche, nem mesmo de ironia, algo meigo, algo doce. O jovem então a toma nos braços e a beija. Após isso sussurra em seus ouvidos: - A partir de hoje, minha vida é sua, estou entregue, com essa rosa e esse beijo eu lhe dou o meu amor.
Logo recuperada de tamanha e inusitada emoção ela apenas observa o jovem.
Este logo lhe diz: -Olá, eu sempre pensei em me aproximar, eu te amo, não consigo me concentrar em nada porque é um martírio não ter você. Desculpe minha ousadia, se lhe fiz algum mal apenas diga-me que não quer nada.
Ela então lança-lhe aquele sorriso de gracejo, toma a mão dele entre as suas, e responde: -Sempre pensei o mesmo!

Os sorrisos se encontram e mais um beijo é dado.

Chegando em casa o jovem escreve novamente.
Hoje é meu ultimo relato, encontrei a pessoa com quem quero passar o resto de minha vida.

No outro dia, no caminho de volta pra casa, os jovens enamorados vinham sorrindo, quando de repente escutam um barulho de buzinas, o som surdo de uma batida, e um carro que veio na direção onde estavam, os prende na parede. Ainda de mãos dadas e sorriso no rosto, apenas se ouve o sussurro, sereno do jovem agonizante ao lado de sua amada morta, realmente passei com você o resto de minha vida! Eu te amo.

As sirenes logo iluminam os rostos frios e pálidos, com expressão serena e cálida.
A vida é uma breve revoada, pode passar despercebida, mesmo sendo recorrente, mas pode ser maravilhosa e intensa, se sentida corretamente.

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Uma carta de repente

Vim de muito longe, apenas para aqui hoje estar.
Venho de muito longe, apenas para poder contemplar teu olhar sereno.
Venho de onde não mais posso voltar, pois, sem asas agora não mais posso voar.
Eis que esses versos descrevem minha vinda, falam de minha volta, povoam todo o meu imaginário.
Venho aqui hoje apenas para lhe beijar a face, somente para "sentir" respiração.
Quisera que um dia pudesse voltar à minha plena forma
Só para poder lhe entregar minha eternidade
Entender o porquê da negação pelo amor
Saber de coisas que não mais estão em meu pensamento
Não poder ser humano, ser apenas o reflexo perfeito
Perfeição borrada por tanta meticulosidade
Apenas venho aqui hoje, com essas asas novamente crescidas
Entregar-lhe essa singela carta, meu amor, minha vida
Optei por lhe dizer aqui então, que na carta apenas estão minhas palavras
E os gestos que assim descrevem meus sentidos então
Já lhe digo de antemão

Há uma pausa no discurso, apenas um movimento não intenso, um toque de leve.
Se a existência antes sacra podia ser notada, agora tinhamos a presença do sublime
Tomando o humano em seus braços deu lhe um beijo
Algo até então inédito.
Retiremos essa pausa.

O que acabo de falar com meu corpo
É o mesmo que está escrito
Porém tenho medo de palavras soltas numa frase
Mas há agora uma lembrança, um gesto meu
Fiz isso apenas, pois te quero sempre assim
Ao meu alcance.


Após toda essa ocorrida e sincera ocasião o anjo sai
Apenas sai.
Atônito o rapaz com a carta na mão, apenas olha, enquanto em sua mente uma revolução acontecia.
Não pensou que fosse chegar a tal ponto, alguém que ele observava, com as costas em sangue
As roupas rasgadas, verdadeiramente alguém que foi rejeitado
Apenas para ali poder lhe dar, uma carta singela, um gesto sincero
Agora finalmente ele, não mais sozinho estava.

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Transitório

Se seu pensamento perfura minha alma
Seu corpo pode então estancar meu sangramento
Uma estranha associação fluida de idéias
Uma ideia estranha sobretudo
Poderia servir então para fazer me palavra

Da sua boca fluir livremente para a mente
Do seu gesto dizer claramente
E ao seu lado repousar docemente

Como uma parte indistinta
Como um par indissolúvel
Como a criação do pensamento não abandona nunca
A idéia, que é trazida na palavra.

No meio de todo esse devaneio
Apenas fluidamente transitarei
De um lado ao outro do universo
Afim de encontrar o caminho certo

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

No ar____________Noir

Dizer o que ao pensamento
Parar o que não é mais movimento
Dizer o que ao firmamento
Parar então o mundo e eternizar esse momento
És um fato que me causa tormento
É uma afirmação que me deixa até meio lento
És uma estrela no meu céu
Novamente venho aqui para dizer
Que as possibilidades do sentimento não terminam
Realmente venho aqui para confirmar
Que és uma alma que eu quero junto da minha
Eu junto assim meus pensamentos,
Faço deles movimentos
Só pra que você seja meu firmamento
Neste em qualquer outro momento
Pode até ser que as vezes passemos por um tormento
Que faça a gente sentir tudo lento
Mas no fim o irá ser sempre o céu
E eu serei sua palavra
Desconheço o finito do possivel, infinito sentimento
Então apenas lhe confirmo o que quero sempre
Sua luz, em meio a esse caos que me turva
Me dê a mão
Tenho medo do escuro.

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domingo, 22 de novembro de 2009

Progressão Geoassimétrica

Quase tenciono sua linha
Só pra tê-lo ao meu lado
Quase quebro toda essa dançante
Contínua estabilidade
Num lapso temporal lúcido
Na nossa vaga estabilidade
No sonho imerso em linha
Na linha que nos liga
Uma desconexão direta
Que me deixa perdido numa reta
Onde então sem direção
Encontro perdido
Você, minha meta.

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Cartógrafo

Sem sentido de pensamentos coesos
Minha mente não muda de rumo
Meu sonhar não me abandonda, não
É assim quando invadido sou por tua imagem
E assim penso em apenas perder-me por ai
Pois por aqui eu não consigo mais
Pois por aqui perdido estou
Perdido completamente num mapa conhecido
Mapa esse que eu já não quero me lembrar
E por ai tem todo um novo rumo
Tem toda uma nova vida
Poderia assim sentir unido
Poderia assim unido estar
Unidos por um sentir
Seria então possivel reflorestar o que ai foi destruido?
Quero plantar uma pequena semente
Quero regá-la com minha alma serena
Quero que sejas a mais linda das árvores
Apenas para dar sombra a nós
Para poder então não mais perdidos ficar
Para poder então vê-lo em meio a uma multidão
Para poder enraizar então
Minha vida em tua razão

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eis a física

Posso apenas condensar aqui nessas palavras

Intenções entendidas e descaradas
Penso apenas converter aqui em texto
Intenções sentidas e ligadas
Dessas que não podem ser negadas
Desse mundo onde eu não tenho palavra
Sensações que não se interrompem quando me ocupo
Sentido que não vejo em lugar algum
Acho que o meu único sentido agora

É sua direção

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Infini Démesuré

Eu escuto tudo com clareza
O mundo sorri com seus sons aos meus ouvidos
Porque abençoado fui com melodias minhas
Porque abençoado sou de ter o amor ao meu lado
Pois nem sempre serei então amado
Pois nem quero ser amado eternamente
Quero apenas o aqui e agora
Quero esclarecer a noite que turva nosso encontro
Poderia pegar a lua pra te iluminar a mãos nuas
Somente porque foi nessa imensa sombra que te conheci
E nessa sombra te amarei
Uma sutileza só percebida por minha alma
Com que certeza eu poderia lhe beijar sem medo
Se o medo de tudo me emociona a cada beijo que me toma?
Essa presença só poderá me felicitar
Esse convivio é a esperança de uma vida inteira
E tua voz ao meu ouvido pode ser então traduzida
É um sussurro me chamando ao infinito
A esse mesmo que um dia lhe darei
A esse mesmo que um dia lhe farei
Pois a você quero infinitamente
Infinito de meu ser que pretendo lhe dar
Somente para que possas infinitamente me amar

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Grito Digitalizado

Tento imaginar o que poderia canalizar tudo isso
Aos poderes fora do meu alcance, onde não funcionam
Queria apenas transformar tudo isso em palavras
Tentar lhe enviar num aplicativo de fácil uso
Instalar-lhe então meu programa de compatibilidade
Um tutorial apenas pra lhe mostrar a que vim então
Nessas transformadas atualizações do mero acaso
Eu deixei de acreditar nas coincidências intangíveis
É assim eu acho um grito calado em minha garganta a repousar
Trago aqui o complemento feito para um navegador a ser criado
Tento aqui demonstrar o que intenciono em tese
Fico aqui apenas para aparesentar resultados científicos
Provas
Assim como quero provar
De seu sistema operacional, de seu hardware
Obter então os resultados, resultantes de uma fusão
Ou estados provenientes dessa instalação
Preciso dizer então, que enviar-me-ei
Através de uma canção
Enquanto não posso cantar, apenas escreverei
Assim sem mais desentendimentos
As minhas funções impostas, minhas sinceras intenções.

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sábado, 7 de novembro de 2009

O ar do alto

É então equidistante

Estou a um momento de inspirar seu expirar
Quando me toco disso tudo o chão treme
Tudo se torna vibrante, essa vibração me assusta
Tenho medo de que fique assim
E que esse pequeno tremor sirva de impulso
Tenho vontade de que isso ocorra
E que esse estranhamento te traga ao meu encontro
Leio as linhas de um livro inexistente
Salvo palavras em pleno ar,
quero ler o mundo de cima e escrevê-lo daqui
Quero apenas você ao meu lado
Onde minha respiração fica calma
Seria refúgio, protegido, protetor
Seria assim a todo instante
seria meu
......

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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ponto de tensão

E neste relapso relato
E nesta dada data
Quando posso declamar o que quero
E levo o tempo pra passear
Quero apenas poder segurar sua mão
E ver teu semblante me sorrindo
Quero apenas ter seus olhos nos meus
E sentir sua respiração
Fica assim obsoleto todo esse sentido de razão
Fica assim passado esse excesso de prontidão
Fica aqui gravada tua presença
Onde nada apaga
Não existe mais destruição

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Retratos

É um contrato imediato de um fato
Tão concreto consternado e pensado
Nem mesmo passsa a ser contado
O tempo dado de uma fotografia
Num momento que ousa guardar a eternidade
Um para sempre que não supõe-se desfazer
Queria tanto saber o que ocorre nesse tiro
Que o deixa tão fascinante
É luz ou somente pensamento?
Será que é destinado disso o meu sustento?
Talvez se não houvesse uma máquina
Talvez se não houvesse objetiva 
Seu retrato pra sempre eu guardaria
Sem ao menos precisar de minhas tintas
Seu rosto seria gravado nas lembranças
Sua voz seria filmada nas memórias
Seu movimento me encantaria mais que a vida
Minha vida seria um filme, pois com essa inspiração eu criaria
Filmadora, fotográfica, sonoplastia
Somente para o mundo ver
Quanta graça havia quando pra mim você sorria.

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Meu pulso num impulso

Não quero uma apoteose para a vida
Não pretendo ser nada além de mim
Não posso pretender que
Na minha mão se perca algo
No meu coração se prenda algo
Meus sentimentos devem ser regados
Pelas suas flores e seu canto
No meu canto eu te vejo 
No meu ver eu quero seu encanto
Sua graça me anima 
Seu olhar me agita
É dessa agitação que eu quero viver
Para ter uma vida somente isso
Ver o passar do tempo com você.

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Solenidade

Quero provar as palavras de tua boca
E nela repousar meus sons
Quero passar minhas imagens a você
Numa troca fluida de ideias
Nem mesmo, que apenas num instante
Quero inundá-lo com minhas intenções
Interações transmutadas em ligações
Ligações chamadas de laços
Liquidas verdades em um concreto dizer
Neste momento quero apenas poder
Fazer essa oração pedindo
Que as estrelas velem nossa noite
E que a lua faça sacra nossa união

Acho que viver sem te ter aqui
É viver em eterna escuridão

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sábado, 24 de outubro de 2009

Algumas Considerações Acerca da Alma

Sem ter pra onde fugir
Habitável se torna esse corpo decadente
Se escolho correr, já não mais posso dar a volta
Seu passo as vezes me falta, meu folego foge
Quero poder escrever entre minhas expectativas
Marchar rumo ao destino incerto dos certos pensamentos
Louvavel seria me atemporalizar
Lamentável seria me desmaterializar
Inestimavel seria poder apenas amar
Sem pensar, o lugar é pra isso
Isso me faz tentar organizar idéias
Livrei-me novamente do corpo decadente
Apenas vago por um caminho que não tem passagens
Sou levado a fazer as pazes com o mundano
Sou negado a deixar de ser uma máquina orgânica
Sou taxado de humano por não poder mais ...

E faço sempre e farei
Repetirei tudo mesmo que errado
Sempre assim no ritmo de sua respiração
Para ter no seu pensamento
O mesmo espaço que tens no meu coração.

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

In the blue machine

Estava tentando lhe dizer
O motivo de eu ter saido correndo
Mas o maldito barulho vindo do céu azul
Caindo em meu rosto, destruindo minhas convicções
Manchando tudo com meu profano sangue
Nem vermelho nem liquido
Fez com que eu ficasse mais uma vez
É consentido e sem sentido essa loucura
É insanamente descuidada e lentamente procurada
Essa intensa voz que me faz querer correr
Na direção oposta onde me encontro
Eu quero retornar ao meu lar
Por isso não mais quero tentar
Apenas me diga, o que devo ouvir

Poupe-me de suas indagações
de suas afirmações
Levarei tudo que resta de humano em mim
De volta ao azul celeste
De volta ao trator que move minha existência
Apenas quero voltar a ser o que era
E novamente estar ali passando
Pelo meu estranho processo criativo
Minha estagnação onde sempre sou feito do mesmo jeito
E sempre saberei
Que retonarei à terra pelo mesmo meio
Mas será que volto ao mesmo ponto
Será que volto a ser seu mar?

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Tempo Chuvoso

estou estranhamente sensível esses dias
estou extremamente sensibilizado
não sei o que se passa
mas pode ser que a chuva tenha me deixado com essa sensação
de que o mundo irá escorrer pelas minhas mãos
e que existe ali um ralo para onde tudo vai
como se meu mundo fosse parar no esgoto
onde nada mais poderei fazer

quase estou sentindo a aura do universo
não sei exatamente dizer...
parece que tudo a minha volta me afeta
parece que os ventos querem me ferir
Queria apenas poder ser a chuva
sem rumo, sem direção, sem intenção
ser um som sereno e uma bênção
Ser a catástrofe
ser o motivo de seu sorriso
ser sua lápide

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Trasntornos temporais irremediáveis

Eu trabalho com o tempo linear
Pois só assim um momento consigo conquistar
Linearidade que nada mais é
Que minha pena riscando incisivamente essa maré
Um raio perfurando o espaço e o horizonte
Embasando então sem mais nem menos esse instante
Congelo o mar enfuriecido e consigo
Conquisto
Consisto
Veracidade que nunca será negada
E toco então o espaço negativo
Pois procurarei sempre nele a outra metade
Talvez você sendo um positivo.

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Abandono

É assim que segue a vida de quem vai
E ficamos mesmo sem alternativas palpáveis
Mesmo no avesso dessa sua alternativa contrária
Não consigo ouvir os sons de minha vitrola muda
Queria tentar mostrar
O que tenho de ver
Pra que possa então
Então?
Ah! Parece entender
É a existência de uma negação
Que nega a própria negativação do espaço
Quero sim é você ao meu lado
Então não precisa ir
E nem mesmo ficar, apenas me olhe
Aperte minha mão através do mundo





E esteja comigo no infinito.

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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Tiragem

Por que parece então
Como num jornal feito em vão
Que eu não irei mais ser
Nem seu nem de ninguém

Será que sou feito assim
Pra ser folheado sempre
Por muitos leitores
Sem que pertença a qualquer deles?
Será que sou estranho assim
Folhas soltas num universo imerso
Nesse fim sem palavras legíveis
Pertencentes ao vão
Que não podem ser um vagão e
Me levar pra algum lugar?

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Lados Optantes

Em teoria é algo dito
Que confronta logo o que não pode ser
Em teoria é algo vindo
Que não pode chegar por confrontar o real
Logo temos uma equação sem final
A fronteira entre a sanidade e o formal
E diriamos sempre nessa velha e tola historia
Que podemos fazer de tudo
Mas onde fica a parte do pensamento
Na racionalidade que nos algema
Nesse taxado mundo de limitações?

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sexta-feira, 12 de junho de 2009

F............T ïngimento

Essa esquina interminada
Jogada ali pra me fazer confuso
Perdido numa linha de pensamento
Linha, traço, reta, retângulo
pois angular se faz meu sentimento
Tem vertice e lhe encobre

As vezes o mesmo que é
Pode ser aquele que distoa
Pra que pensar em coesão
Se o maximo que podemos
E ficar perdidos em meio a palavras

Lutando contra a batalha
Não preste atenção ao redor
Deixe as espadas atravessarem
Carne, sangue e desespero
O sangue mancha tua alma
A carne suja sua pureza
e o desespero
Loucura causa

E mesmo tendo certeza
Tenho que encarar essa evasão
Pelo lado que se presta
Meu angulo é por demais obtuso
Pelo jogo que joga
meu corpo está demais multilado
Pela esmola que me dá
Mostra-me o tormento
Atormenta-me a esse destino
Fadado ao delírio

constante inconsistencia de palavras que nada descrevem apenas nos mostram a insanidade
Constante insanidade que nos mostra que palavras podem mesmo dizer algo
Constante conjuntos de palavras feitas pra te dizer algo inteligivel
Constraste entre o dizer e o dito

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Consumido Consumado

Existe em tudo um caminho
Nesse lugar escuro
Onde nem mesmo vejo você
Tenho medo, muito isolamento
Mas calor, sim esse transcede
É a presença que se faz necessária
Ficamos então perdidos
Pensamos no que não queremos
Naquilo que não podemos
Exato momento onde podemos
Devemos
Iremos
e chamaremos
Pelos nomes ancestrais
Quero ser puxado pra fora disso tudo
É a mão que sempre estendo
Livrai-me de toda a dor
Que eu lhe tiro o sofrimento
Livrai-me de toda essa melancolia
Que lhe abraço forte (quero que sinta meu calor)
Livrai-me de toda essa revolta
Eu posso e sei que quero
Livrar seu coração da dúvida
da dívida
Preenchimento de tal forma que
Nem mesmo parecerá novo
Tenho cola, tenho mãos, tenho você.

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domingo, 3 de maio de 2009

Passagem

Somente o memso instante dado agora
Poderia se repetir num lapso de tempo
E assim mesmo, eternamente, seriamos fadados
A perder
E a jogar
A tentativa excessiva, não é livre de falhas
Mas também não é certeza de acertos

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sábado, 11 de abril de 2009

Sensibilidade, descontinuidade, (des)estabilidade

amor
que ultrapassa
tudo que possa ser sentido
amor que diz
que não importa sua condição
apenas ilumina
amor
que nos faz querer bem
que nos faz querer ver um sorriso
que nos deixa estasiados
apenas por um abraço
amor
vive na imaginação
tem partes espalhadas, não pode ser juntado
não pode ser medido
nem mesmo classificado
os espertos se apaixonam
os idiotas amam
porque amar
e não querer pra si
é apenas observar e sorrir
é um modo de lhe dizer quero você bem
mesmo que esteja longe de mim!

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sexta-feira, 27 de março de 2009

Minúncia sintética

Um pedaço de algum sentimento
Parado no meio de meu esôfago
Prostrado no meio da rua
Coloco para fora todas as suas ternuras
Pois você me deu de comer
Esse descaso indigesto
E no meu estômago ele não chega
É rejeitado pelo instinto, animal, preservativo

Jogado em largos pedaços
Tratado como areia no mar
Mexido pelas crianças que passam
Todo mundo pisa onde isso cai
Todo mundo cospe nos sentimentos espalhados
Todos, todos, tudo
Nada faz sentido quando não é fisico
Fisico não é válido para se ter sentimentos
Sentimentos podem parecer inexistentes
Ou podem desaparecer sem existir
Existência efêmera por uma noite
Que não vale menos que a falta

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quinta-feira, 26 de março de 2009

Remunerado

É,
Sentido não se tem
Busca não se vê
Nada vai além
Do que se pode comprar
É,
Pago pelo bom
Nego o que me é dado
Não posso aceitar
Nada, que é doado
É,
Parece brincadeira
Parece loucura
Padecer em vontade
Por não poder

viver essa tua realidade.

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segunda-feira, 23 de março de 2009

Corrente

Se ao criar
Penso em tecer
Tecido então está
Por ai, em algum lugar
Parte de minha pele
Junta de outra verdade
Ou de alguma necessidade
Lavrada pelo pesar do passado
Acariciada pelo pensar no futuro
E perdida.
Há um elo inesgotável de possibilidades
Há uma noção imensa de possibilidade
Será mesmo que existe possibilidade?

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quarta-feira, 18 de março de 2009

Desprovido do Senso

Acerca de todos os passos dados
Posso lhe garantir que há
Uma gama de sentidos
sentidos sentimentos
sentimentos direcionados
direções intencionais
intenções desmedidas
E assim desbravando essa estranha luminosidade
Luz que me leva ao mundo dos homens
Vejo que há turbulência
Intenso foi o que me trouxe a chuva
E que chuva intensa me faz parar?

onde está agora o meu paraiso
será medido linearmente numa constante convencionada
ou liberto das coisas que nos prendem
limite-se
limite-me
limite
daqui pra cá
só há o que pensar
essa divisão sórdida
essa mácula
esse pensamento
quero levar
quero voar
novamente posso
chamar de consistente meu passo
compasso
sempre direcionando onde eu passo
e me fazendo desenhar novas coisas
até que meu grafite acabe
e você me renove
me revele
me fotografe.

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Historico Atemporal

os sinais de uma vida
parecem mais semafóros sem sentido
um rumo que não deve ser tomado
me mostra caminho livre
embrenhado no amor
eu fico vermelho, rubro
coberto de sangue, transtornado
E as pessoas passam e deixam marcas
E parece que o tempo não passa
So quero que me coloque de novo
Nos ponteiros do relógio

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Diria sim, exceto

Não poder levar meu consenso

Isso profundamente modifica uma alma, alarma
Não poder revelar minhas intenções
É redundante lhe dizer isso, mas não evito
Não dizer as coisas aumenta as chances de realizá-las
Tenho medo de perder a voz e não mais ouví-lo novamente
Não, essa palavra de negação, nos serve sempre de subterfúgio, é como não prestar atenção
Será que o erro existe mesmo no metodo de tentativas?
Mas seria algo possivel, perceptível, ilusório, transitório
Um abraço, um beijo, nossas mãos, um momento, nunca pensou que era uma união?
Sim, eu almejo, pelejo, e deixo as minhas sensações comandarem
Novamente poderia viver sempre assim, apenas preciso de tentar
SIMplesmente não há porque não tentar, tentadora vontade de lhe agradar
E sem perceber algum dia isso terá sim valido a pena
Sim, me mostre do que você é capaz, sua percepção é maior que minha compreensão
Em uma hora distinta, serei destacado do escuro, escolhido pelo seu apontar
Então como contar uma historia
Como criar um mundo
Se você não me permite?
Se o chamado está imcompleto?!

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Resistência

Nem mesmo em tempos distantes

Quero, posso, levo, faço
Novidades assustadoras distintas me perseguem
Amo, rezo, peço, pago
Pago o preço de ser algo que não existe
Levo o mundo na mochila
Quero lhe dar todas as estradas
É inegável o fato
Infalível, inflamado, infiel, ínfimo
De se ter o que não quer
E querer o que não se pode

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Mundano, Descaso

Ligado ao estase do novo
Posso ser jogado no mundo
Estranhado pela diferença
Mas no pairar liberto da alma humana
Eodemos nos manter
Vivos
Livres
Intactos
E talvez ainda cegos
Por constantes emaranhamentos
Escudos se tornam vendas
A defesa e a tática da covardia
Lhe mantem isolado
E cega quem se aproxima

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Sinestesia Imaginária

Pensei ter sentido seu gosto em minha comida
Mas era apenas a lembrança de você
Invadindo meu dia-a-dia sem eu perceber
Sonhei com seu toque, senti seu cheiro pelo telefone
E percebi que nem sempre o hipotético é verdade
Esperei no topo de uma montanha pela sua vinda
Com asas plumadas chegou até mim
E eu sem reação apenas lhe estendi minha mão
Com um toque para levá-lo a eternidade
Pretendo te mostrar as cores imediatas vistas numa musica
Vou ouvir ao seu lado os sons emitidos por sentidos
E o sentimentos dançarão em torno de nosso leito
Sim, um ritual à ancestralidade das sensações
Um culto ao que se deveria ser prezado pelo homem
Um rejubilo pelo encontro
Encontro imaginário, pois minha voz ainda não alcança sua frequência
Mas meu toque pode pegá-lo
E em meus braços tranformarei tudo que foi pensado
Numa realidade bem insana
Verás então que é na loucura que estamos lúcidos
Vivenciando coisas que inexistem
E vendo que as cores do nosso mundo
Estavam desfocadas até então
Cegos pela nossa realidade concreta.





Depois que vivenciar meus contornos
Poderei cantar junto de ti
E meus poemas não mais serão meus
Largarei a toda e qualquer tensão
E poderei finalmente me dizer livre
Pois assim como a realidade nos cega com seu concreto
A temida solidão nos prende em correntes
Que só podem ser quebradas por outro.

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sábado, 17 de janeiro de 2009

Verdade sobre tudo

Acordei sem ver a luz
Senti um calor inusitado
Resolvi procurar uma razão para estar aqui
Motivado a concluir a busca
Meu corpo é cheio de cicatrizes de outra vida
Não sei porque sou tão "machucado"
Minha alma anda entre a insanidade e a lucidez
Entre o profano e a pureza
Mas ao te ver tive certeza que nem mesmo duas existências
Poderiam me fazer sonhar tanto
E nem mesmo o corpo costurado de cortes profundos
Pode me impedir de receber mais um golpe
Vamos, crave sua vontade em meu coração
E me mostre a grande vantagem de ser humano
Amar além da vontade, além da divindade
Estar sempre sonhando, sentir o tempo passar
Vim pois queria descobrir a diferença
Vim pois asas não mais tenho, não mais quero
Deixe-me aqui presente, presenciando o amor
Sentindo a liberdade e tendo mais de uma vida
A sua e a minha!





ps.: resolvi postar uns poemas antigos tanto para quem não conhecia, quanto para que eu use isso como bakup mesmo. enfim esse poema e o proximo são de janeiro de 2009

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Encontro Divino

Depois de tantas batalhas, cansado e machucado
Encontro braços cálidos que me amparam
Esse contato que tanto me alegra, essa energia que tanto pedi
No instante levado pelo destino
Foi selado um acontecimento sem igual
Nem mesmo a falta de sentido pode atrapalhar
Não tenho mais onde colocar tanta vontade
Ela transborda do meu corpo e você simplesmente sorri
Agradável é saber que posso ouvir uma voz doce
Pois esta batalha longa me cegou
Agora me guio pelos sons, o som de sua presença
A orquestra que rege seu respirar
Estou numa leveza de ser
Numa vontade de te ver
E quero levar você para a paisagem pintada
Por essas mão trêmulas e desajeitadas
Intitulada pelas circunstâncias
Gravada em minha memória
Veja minha vida, seja minha vida

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