quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Liquida, fluida, insana...paisagem de você

Tentei me desvencilhar de algo que não pode ser tirado
Aprendi então que com a água somente podemos esperar que ela seque
O fio que corria entre os nossos pensamentos agora é poluído

Tentei te retirar de meu pensamento inconsciente 
Mas de nada adianta querer que com minha sólida mão
Eu pudesse separar seu óleo de minha idéia

Tentei parar, tentei não viver, tentei não pensar
Evitei que você se tornasse minha metáfora acerca do sentir
Mas nada pude fazer, a lucidez de mim fugiu e se apagou

Tentei, Tentei, Mudei, Movimentei, Transformei, Transtornei
Essa minha lúdica visão de uma lucida vivência 
E com o meu poder imenso de apenas pensar
Com minhas ideias estreitas de apenas amar
Com meu pensamento simplesmente estacionado no seu
Fiz-me aqui o solido impenetravel, o gás divisível

Recuei novamente ao meu refúgio
Repensei então minhas táticas
E então lhe refiz em meu quarto
Lhe pintei em sangue e óleo
Imaginei seu corpo revestido
E sua memória então se foi
Finalizei então meu quadro 

Só assim você deixou quieta minha razão.

3 comentários:

Paulo Laurindo 25 de fevereiro de 2010 às 21:52  

Tomar posse da imagem é apaziguar os sentidos.

Juliana Matos. 27 de fevereiro de 2010 às 12:45  

Tentamos nos desvencilhar do amor, mais ele nos persegue..não adianta correr, é preciso muita tinta para pintar o arco íris que o amor nos traz!
Lindas palavras!
Um beijo da Ju ;)

Unknown 15 de março de 2010 às 00:23  

Cerise encantada com suas palavras meu anjo de olhos claros.
Seu link já está no site ... quero depois ver os demais trabalhos.

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